Steve Taylor no livro: "A QUEDA", escreve;
"A partir do ano 4.000 a.C., aproximadamente, um novo espectro de sofrimento e agitação
emerge na história da humanidade. É nesse período-e só então-quando o 'terrível sentido do
pecado' aparece nos assuntos humanos, até o ponto que de que parece que surgiu um novo tipo
de ser humano, alguém que se relaciona de modo completamente diferente com mundo e os outros seres humanos.
Riane Eisler, no "Cálice e a espada": "uma grande mudança, tão radical e de grande magnitude que,
de fato, não tem comparações em tudo que conhecemos na história da humanidade".
Continua Taylor "A partir de 4.000 a.C., mais ou menos, a violência social, as guerras contínuas, a opressão social em grande escala e a dominação masculina, se converteram em algo endêmico.
A CAUSA RAIZ DESSA TRANSFORMAÇÃO PARECE TER SIDO ACONTECIMENTOS NO MEIO AMBIENTE".
Como diz J. DeMeo"uma das mudanças climáticas mais importantes...desde o final da última era glacial". Baseando-se numa grande quantidade estudos, DeMeo, sustenta que um processo de SECA E DESERTIFICAÇÃO AFETOU UMA AMPLA ZONA DO PLANETA que ele batiza de
"SAHARASIA" e que como sugere seu nome, abrange um enorme cinturão de terras áridas, que
se estende desde Africa do Norte, ao longo do Oriente Médio, até alcançar Asia Central. Essa zona contém a maior parte dos desertos do mundo, como exemplo, o Sahara norteafricano e os
desertos da Arábia e Iran, no Oriente Médio, também inclue territórios que, se bem não são completamente desérticos, são completamente áridos. Desse modo, a denominação "SAHARASIA" se refere a franja, mais ou menos continua, de terras áridas que abarca desde
a costa ocidental africana até a China.
Escreve Steve Taylor" o efeito mais vísivel dessa desertificação da Saharasia, em termos arqueológicos, é que seus habitantes se viram forçados a abandonar a zona e a buscar novas
terras. Há vestígios dessas migrações em todo Oriente Médio, Asia Central e Europa central e oriental, que põe de manifesto que povos "Saharasiáticos" se mudaram para zonas habitadas por pacíficos povos neolíticos 'matristas'. Um desses povos foram os INDOEUROPEUS, o grupo
humano de que descendem a maioria de europeus, americanos e australianos atuais. O lugar
original dos indoeuropeus eram as estepes do Sul da Rússia, cerca do mar negro, que formam parte da extensa região de Saharasia. Quando a zona já não pode seguir se mantendo, os indoeuropeus migraram para o Oeste, através da europa, e para o Sul, ao Oriente Médio e Arábia.Posteriormente, também se transladaram ao leste, alcançando o Irã, Afeganistão e
chegando finalmente a India, 1.800 a.C, aproximadamente.
Os INDOEUROPEUS OU ÁRIOS, como também se lhes denomina tem sido idealizados como
fundadores da cultura ocidental e como os primeiros europeus "genuínos". Assim, por exemplo, lhes considerava os nazis, o arqueológo Gordon Childe escreveu que eles possuiam "extraordinários dotes mentais" e "foram os promotores do autêntico progreso".
Continua Taylor"essa afirmação não é de todo inexata, já que é provável que o sentido intensificado do ego dos povos indoeuropeus lhe dotassem de um poder superior, tanto intelectual como inventivo, aos povos que lhes precederam. Porém, contudo, parece que os povos indoeuropeus não trouxeram nada senão destruição, em especial durante suas primeiras migrações ao longo da Europa e Oriente Médio. Longe de importar uma cultura nova ou superior, se limitaram a destruir as antigas culturas neolíticas que contavam com milenios de antiguidade.
As evidências arqueológicas põem de manifesto que os povos indoeuropeus erão violentos, amavam a guerra e careciam do respeito a natureza que caracterizavam os povos neolíticos.
Suas expressões artísticas contém poucas imagens naturais e, pelo contrário, grande quantidade de imagens bélicas. Adoravam deuses guerreiros masculinos que costumavam representar portando diversas armas".
A arqueológa Marija Giambutas diz: "As armas simbolizavam, obviamente, as diferentes funções e poderes do deus e eram adoradas como representações do deus mesmo. Está suficiente provado que, em todas as religiões indoeuropeias, as armas tinham um caráter sagrado".
Também é evidente que os indoeuropeus eram patriarcais, pois sua cultura era patrilineal e patrilocal.
No "Cálice e a espada"de Riane Eisler, esse CÁLICE, essa busca do Graal, nada mais é do
que o feminino oculto.
Esse livro e filme recente "O Código da Vince", que fez tanto sucesso, todo o mistério esta
no lugar dado a mulher no cristianismo, esse livro e filme, só seria possível nos dias de hoje.
O Homoerotismo e seu deus patriarcal do clero ocidental tem sido horrível e rídiculo, a exclusão do feminino, que na santíssma trindade se torna a "Pomba". Sexo só para reprodução, se opõem a camisinha na Africa nos dias de hoje, preferem a AIDS. Será se os cardiais colocam camisinhas no troca-a-troca no vaticano e por aí a fora, ou lá não tem sexo, só reza e política infantil?
Abrindo um tanto mais a "caixa de Pandora"...
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