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Terceiro príncipio: O que pode um corpo?

Essa pergunta feita por Spinoza, que tanto intrigou e instigou Deleuze:
"Nós não sabemos o que pode um corpo?"
Na decada de 60, estudantes e intelectuais liam Reich, Deleuze foi em busca de Spinoza,
que ele dizia que era uma "rajada de ar fresco na coluna".
Aqui esta a Ética de Spinoza, beleza e liberdade ímpar.
"Todo o universo são encontros: bons e maus.
Experimentamos Alegria ao encontrar um corpo que se compõe com o nosso
e eleva nossa potência. E Tristeza no encontro com um corpo que decompõe o nosso
e baixa nossa potência."
"Tudo que agrupamos á idéia do mal é da ordem de um encontro mal(indigestão, intoxicação, envenenamento, inveja, ressentimento, etc)"
"NÃO EXISTEM O MAL E NEM O BEM.
HÁ O BOM, O CONVÉM A UM CORPO;
E O MAL, O QUE NÃO CONVÉM".
Spinoza considera que cada corpo tem um grau de potência('conatus")que expressa sua essência e varia de acordo aos afetos que predominam nêle. Seu conceito de 'essência' não designa um atributo prévio á experiência ou separado dela; pelo contrário, só se manifesta em ATO, quer dizer enquanto o corpo faz.
Bento Espinosa, assim se chamava em português, não pensa o sujeito como um 'eu'.
Pensa cada corpo com uma difença de intensidade.
O grau de potência muda, segundo o quantum de 'paixões tristes' e de 'paixões alegres'. E nisso será determinante quanto hajam sido os bons e os maus encontros.
Os maus encontros rompem o equilíbrio do corpo gerando 'paixões tristes' e, impotência.
Os bons encontros são aqueles nos quais o corpo se compõe em uma harmonia superior, que origina 'paixões alegres' e capacidade ação.
OS AFETOS SÃO AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE POTÊNCIA.
Se pode imaginar um corpo como uma relação de movimento e repouso entre partículas.. A potência, também chamada de "força de existir", seria uma vibração com um máximo de amplitude e um mínimo, que é a morte.
Deleuze:
"Tanto Spinoza como Niietzsche, as diferenças entre os corpos são difenças de intensidade. Porém há intensidades a favor da vida e , e outras a favor contra a vida".
A diminuição da potência de ação provoca ódio e tristeza. O 'HOMEM DE RESENTIMENTO"(Nietzsche) é aqueles cujas alegrias se acham envenenadas por esses maus sentimentos.
Na Ética(1674)Spínoza afirma que os que mandam são impotentes que encontram uma alegria compensatória construindo seu poder sôbre a tristeza dos outros.

Comentários

Anônimo disse…
axé!

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