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KRISHNAMURTI - Dimensão do percebimento instantâneo

"Ora, além e acima da conciência, existe uma outra dimensão? Não salteis logo à conclusão de que essa dimensão é Deus; isso é falta de bom senso. A mente que conscientemente pensa em Deus está ainda entre os limites de sua própria consciência. Se pensais em Deus, esse Deus é uma criação de vosso pensar; e, uma vez que vosso pensar é resultado do tempo, vosso Deus é temporal; isso não tem sentido nenhum. [...]

Em vista disso, pergunta-se, inevitavelmente: 'Existe uma ação fora do tempo - uma ação que nos possibilite viver, dia a dia, neste mundo, fora desta confusão, deste caos, livres destas aflições, disputas, sordidez, superstição, deuses grotestescos? [...]

Tendes, pois, de ver a verdade a esse respeito. Mas só se pode ver essa verdade se estais completamente atento, com todo o vosso ser. E não se pode estar atento quando não há silêncio. [...]

Pode-se então ver que existe uma dimensão totalmente diferente - não a dimensão dos deuses e demais futilidades que o homem inventou com seu medo e seu desespero. Há uma dimensão onde a ação não cria conflito e contradição e onde, portanto, não existe esforço. Mas a mente, por mais que se esforce, não poderá alcançá-la se não compreender todo o campo da conciência. Esse campo não pode ser compreendido por meio do tempo nem por meio do pensamento, porém pelo percebimento instantâneo." (KRISHNAMURTI, Viagem por um mar desconhecido, 1973, p. 117-118)

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