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Mostrando postagens de julho, 2011

Zemané e a morte...

Zemané estava meditando, Zendo, todos os dias, durante 40 minutos ás 7 horas da manhã, sentava-se no quarto, numa almofada negra, dobrava os joelhos e encostava os artelhos sôbre as coxas, levou tempo até chegar á postura de lótus, aguentou firme as dores nas pernas. Os joelhos tocavam o tapete árabe de orações que usava embaixo da almofada, levou tempo até Zemané compreender de que não era necessário deixar os joelhos tocarem o chão, principalmente no inverno quando o frio terra se transmitia pór toda a coluna. Zemané tem uma tendência a austeridade e ao asceticismo, herança dos tempos no colégio de beneditinos, herança cristã de aviltamento da carne, transferência ao budismo ascético... Então, Zemané na postura de lótus, descansando a bacia pélvica na almofada, coluna ereta sem esforço, pescoço alongado e queixo levemente voltado para o peito, diante de uma parede branca, olhos semiabertos, fronteira entre o interior e exterior, Atenção indo e vindo entre sensações, propio

O inferno...

"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos ao estar juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte dele até deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada, exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preserva-lo, abrir espaço para ele." Italo Calvino, As cidades invisíveis