Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2011

Capitalismo e meditação

As Tradições espirituais, se utilizam de "meios habilidosos", na India chamada de Upaya, que são os modos, métodos, técnicas para lidar com as suposições do praticante. É como não se pudesse dizer diretamente: "'Olha ás coisas não bem assim, sua pespectiva da iluminação esta totalmente equivocada", então o tal do Mestre usa seus meios habilidosos, tipo botar o díscipulo para contar carneirinhos, fazer 10.000 posturas, rezar de 4 horas da manhã até 22hs, passar 3 anos de retiro sem ver ninguém e nem bater punheta, ficar sentado até as pernas adormecerem, um dia átras do outro, passar horas de cabeça para baixo, pagar 10.000 doláres para receber a iluminação com um toque na cabeça do díscipulo, jejuns por dias ou mêses, etc A maioria das Tradições espirituais, estão contextualizadas, nas sociedades orientais, nascidas em tempos pré-industriais e chegaram ao ocidente no séc. XX, maioria na segunda metade do séc. XX. Temos que nos adaptar ao budismo tibetano ou ele

Uma nova humanidade?

Escuto isso, tornarmo-nos Um com a humanidade. Huummmm... Somos frutos de uma mesma evolução genética, temos uma organização e estrutura semelhante, embora somos diferentes de diversas formas, gênero, raça, situação econômica, culturas diferenciadas no tempo e lugares, mutiplicidades de territórios, crenças, dogmas, religiões, visões de mundo, modos de pensar, sentir e atuar. Embora há um tronco comum que une toda a humanidade, principalmente acelerada com determinados aspectos da rêde de conexões planetárias. Também estamos vinculados há minerais, vejetais, objetos, á terra e ao cosmos. Apartir de determinadas condições, espôntaneas, de determinada compreensão, trabalho de escolas de desenvolvimento da consciência ou de psicocatalizadores esse pertencimento se torna uma experiência. Talvez em outros momentos da humanidade essa experiência era um lugar comum. Hoje se pode chamar de uma experiência transpessoal. Desejada por algumas pessoas e outras não estão nem aí para ela. Uma reforç

Esvaziar-se

Um professor visitou Nan-in, o mestre zen, para perguntar sobre o zen. Contudo, em vez de ouvir o mestre, o professor se limitou a falar sobre as próprias idéias. Depois de ouvi-lo por um tempo, Nan-in serviu chá. Encheu a xícara do visitante e continuou a servir o chá. O líquido transbordou, encheu o pires, caiu nas calças do homem e no chão. – Não está vendo que a xícara encheu? – explode o professor. – Não cabe mais nada! – Isso mesmo. – responde calmamente Nan-in. – Tal como essa xícara, você está cheio de suas próprias idéias e opiniões. Como poderei mostrar-lhe o zen se você não esvaziar sua xícara primeiro?

Estrutura e liberdade

Segundo Humberto Maturana somos seres determinados em nossa estrutura, embora abertos na troca de energia e matéria com o ambiente. Essa determinação na estrutura do sistema nervoso é fonte de liberdade, já que o que vem do mundo, alimento, pessoa, remédio, paisagem, palavras, acontecimentos, etc não diz o que acontece conosco, mas dispara, mobiliza em nós determinada experiência que se acopla á nossa estrutura, sempre em movimento, sempre em mudanças. Nós como sêres vivos vivemos em acoplamento estrural com o ambiente, nessa interação recursiva, seres vivos e meio ambiente estamos em continua mudança estrutural. O fechamento estrutural é o que conserva a identidade de um ser vivo e do meio, o que não significa de que não ocorra relação, mas diz algo do modo como acontece essa relação. Temos uma tendência, principalmente nos dias de hoje, de pensar em termos de mudanças, talvez teríamos de pensar naquilo que permanece, em torno do qual ocorre as mudanças. O que é que nos constitue como

Só sentimos o que nossa estrutura permite

Só sentimos o que nossa estrutura permite. Só vemos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e tateamos o que nossa estrutura biológica e mental permite. Por isso somos estruturas fechadas sobre elas mesmas. Mesmo que a convivência seja repleta de relações, só vemos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e tateamos o que nossa estrutura permitiu filtrar. O grande desafio do cuidar de si é construir uma estrutura mais aberta. É superar as grandes dificuldades de se colocar no lugar do outro. É abandonar a própria estrutura e ser um com todos. ajr (pensando a partir de maturana e varela)

Conhecer é fazer e fazer é conhecer

Se conhecer é fazer e fazer é conhecer Então devemos fazer bem o que fazemos Para poder conhecer bem o que conhecemos E vice versa Melhor assim! Quem disse que só devemos fazer o que gostamos? ajr (pensando a partir de maturana e varela)