A ÁRVORE INÚTIL
"Hui Tzu disse a Chuang:
Tenho uma grande árvore,
Que se chama'mal-cheirosa'.
Seu tronco tão torto
é tão cheio de nós
Que ninguém pode dele tirar uma tábua.
Os galhos sãp tão retorcidos
Que você não consegue recorta-los
De modo a que sejam úteis.
Lá está ela á beira da estrada.
Carpinteiro nenhum a olhará.
Eis o seu ensinamento:
Grande e inútil.
Respondeu-lhe Chuang Tzu:
Já viu o gato do mato
Agachado, espreitando sua presa,-
Pula assim, e assim,
Para cima e para baixo,e por fim
Cai na armadilha.
Mas o iaque, já viu?
Poderoso qual trovão
Mantém-se com sua força.
Grande? Claro que sim,
mas não sabe pegar ratos.
Assim, a sua árvore inútil. Inútil?
Plante-a então no terreno baldio
Sozinha
E caminhe a esmo, em torno dela,
Descanse á sua sombra;
Nenhum machado ou decreto proclamará o
seu fim.
Ninguém jamais a abaterá.
Inútil? Que me importa!"
"Hui Tzu disse a Chuang:
Tenho uma grande árvore,
Que se chama'mal-cheirosa'.
Seu tronco tão torto
é tão cheio de nós
Que ninguém pode dele tirar uma tábua.
Os galhos sãp tão retorcidos
Que você não consegue recorta-los
De modo a que sejam úteis.
Lá está ela á beira da estrada.
Carpinteiro nenhum a olhará.
Eis o seu ensinamento:
Grande e inútil.
Respondeu-lhe Chuang Tzu:
Já viu o gato do mato
Agachado, espreitando sua presa,-
Pula assim, e assim,
Para cima e para baixo,e por fim
Cai na armadilha.
Mas o iaque, já viu?
Poderoso qual trovão
Mantém-se com sua força.
Grande? Claro que sim,
mas não sabe pegar ratos.
Assim, a sua árvore inútil. Inútil?
Plante-a então no terreno baldio
Sozinha
E caminhe a esmo, em torno dela,
Descanse á sua sombra;
Nenhum machado ou decreto proclamará o
seu fim.
Ninguém jamais a abaterá.
Inútil? Que me importa!"
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