George Ivanovich Gurdjieff nasceu em Alexandropolis, Armênia, 1872. Desde criança mostrou uma curiosidade na compreensão por diversos fenômenos, psicológicos, paranormais, espirituais,
para os quais não encontrava respostas satisfatórias na ciência, na religião ou na tradição popular
onde vivia. Decidiu não apaziguar essa inquietação e em sua juventude, formou um grupo de pesquisadores, geológo, músico, arqueológo, engenheiro, diversas profissão ou qualidades individuais, cujo próposito era encontrar respostas aos enigmas que se referem aos seres humanos em diversas aréas. Chamaram a esse grupo de "Buscadores da Verdade", presupunham que em algum lugar ou lugares existiam respostas para suas perguntas, viajaram e arriscaram suas vidas nessa busca. Viajaram pelo Egito, Afeganistão, Hindu-kush, Irã, Iraque, parece que Tibet...Ás vezes se separavam a marcaram encontros em algum lugar depois de certo tempo, então compartiam seus achados. Gurdjieff e outros amigos encontraram um mapa antigo com um monge cristão de uma escola cujo símbolo era o eneagrama, fizeram uma cópia desse mapa e foram no seu rastro. Esteve com Sufis, Sábios, Cristãos, Yogues, Lamas...Até que Gurdjieff encontrou o que desejava numa escola, onde aprendeu acerca do eneagrama, as danças sagradas, escola chamada Sarmouni, no Hindu-Kushi, onde passou por por aprendizado psico-espiritual...
que trouxe ao ocidente, ensinamentos filósoficos e espirituais, todo um corpo de ensinamentos ponte entre oriente e ocidente. Aparece na Rússia em torno de 1915, onde forma um grupo de alunos, dentre eles Ouspenski, que já comentei antes.
Relata Ouspenski que deu a Gurdjieff, os 2 livros que já tinha escrito: Tertium Organum e Um Novo Modelo do Universo e passado certo tempo pergunta a Gurdjieff que achava de seus livros e Gurdjieff respondeu que eram bons, mas de que Ouspenski não compreendia o que ele mesmo tinha escrito.
A palavra COMPREENSÃO tinha sentido preciso nos ensainamentos de Gurdjieff: SABER+SER.
São 2 linhas em que se desenvolve o aprendizado.
Na época da revolução Russa, em torno de 1919, Gurdjieff viaja em condições adversas com vários de seus alunos, onde a viagem é parte fundamental do processo de aprendizagem. Em
Constantinopla, funda um núcleo de sua escola que se chama "Escola para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem", posteriormente se instala em Fontainebleu, nos arreadores de Paris,
onde vai desenvolver seu trabalho de 1921 a 1949, quando morre. Gurdjieff escreve peças musicais antigas no piano, que encontramos até os dias de hoje, ensaia uma peça de Teatro "A Luta dos Magos" que apresenta em diversos cidades: Moscou, Paris, Nova Yorque, Londres.
Faz apresentação com seus alunos das chamadas Danças Sagradas, que é um treinamento rigoroso de movimentos, desenvolver o "Centro Motor"
Escreveu uma trilogia: "Relatos de Belzebu a seu Neto", uma alegoria acerca da vida humana na terra, profundo observador da natureza humana, esteve presente em Guerras, onde foi ferido algumas vezes, revoluções, diversas culturas e paises. O segundo livro apresenta fragmentos auto-biográficos da sua juventude "Encontros com Homens Notáveis", se tornou conhecido através da filme de Peter Broks, maravilha esse filme. Seu último livro se chama "O Mundo Só É Real Quando Eu Sou", o título desse livro, um volume de pequenas páginas, me fez meditar por algum tempo, aí se resume o essencial do ensinamento de Gurdjieff, se cristalizar uma Presença.
Estilo truncado de Gurdjieff, tortuoso, cheio de neologismos, necessita uma certa qualidade de garimpagem para encontrar pepitas nos seus livros ou mesmo desenvolver músculos psíquicos
na leitura, principalmente Relatos de Belzebu a seu neto, ele não deixa as coisas fáceis ou barata, grandes esforços seriam necessários na sua metodologia de Trabalho. Re-escreveu esse livro por muitos anos, tornando ás coisas mais díficeis progressivamente.
Ouspenski escreveu "Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido", onde ele destila os ensinamentos de Gurdjieff, esse é o livro que tornou conhecido o Trabalho de Gurdjieff, é um
livro onde não podemos nos implicar quando lemos, é uma ferramenta de Trabalho, somos atuados por ele. Fui influenciado por esse livro como por uma escola de Trabalho. Estive com um aluno direto de Gurdjieff, Marcel, psiquiatra Frances que viveu no Brasil até sua morte e abriu
grupos em diversas cidades. Estive com um ex-aluno, um pintor da segunda geração do Trabalho
vivia em Paris em 1954, depois conheceu os irmãos Shah, Idries e Omar, que foram responsáveis
pela divulgação do Sufismo no Ocidente no ínicio dos anos 60. Omar Ali Shah, "Agha" esteve no Brasil várias vezes e deixou vários núcleos de Trabalho. Idries Shah, viveu em Paris até sua morte, divulgou o Sufismo átraves de diversos livros, dentre eles o famoso "Os Sufis", Claudio Naranjo diz ter sido aluno de Idries durante 7 anos. Estive com Manoel Aguiar num grupo Sufi em Montevideo, esse que tinha estado em grupos Gurdjieff. Depois fiz um treinamento especifico
das Danças Sagradas e do Eneagrama com Yogendra, ex-instrutor de grupos Aricans e ex-aluno do Trabalho Gurdjieff, quando o conheci era díscipulo de Osho, era coordenador do núcleo de Centramento da Mulversite de Osho, ensinava meditação Zen, isso é ZAZEN, e as Danças Sagradas de Gurdjieff, algumas dessas danças se chamam eneagramas, modos de compreender o eneagrama átraves do movimento, é o que se diz. O Trabalho Gurdjieff na multiversite de Osho, foi lapidado por ele, fiz um mês de treinamento das Danças, dias seguidos, experienciei um descondicionamento intenso do corpo e da mente, além de ver uma das macaquices que são parte integrantes da minha personalidade, Yogendra botou o dedo sem piedade nesse núcleo defensivo e me deixou de fraldas, cagando nas calças. Filho da Puta! haAAA...
Mas quero dizer que o livro de Ouspenski, entrou na carne e no espírito, mais fundo do que esses
encontros concretos. Depois teve Claudio Naranjo, muito marcado pelos ensinamentos de Gurdjieff. E Osho que dizia que Gurdjieff foi um dos grandes Mestres do nosso tempo, multidimensional, imprevísivel, desconcertante. Parece, segundo testemunho de vários de seus alunos, que em sua presença, nunca se sabia onde se estava pisando.
Tenho um livro onde diversos escritores, revela suas impressões de Gurdjieff, é curioso como cada um pinta um quadro diversificado, no fim ficamos diante de um personagem enigmático.
Esse é sem dúvidas um dos Homens Notáveis do sec. xx.
Profunda Gratidão.
para os quais não encontrava respostas satisfatórias na ciência, na religião ou na tradição popular
onde vivia. Decidiu não apaziguar essa inquietação e em sua juventude, formou um grupo de pesquisadores, geológo, músico, arqueológo, engenheiro, diversas profissão ou qualidades individuais, cujo próposito era encontrar respostas aos enigmas que se referem aos seres humanos em diversas aréas. Chamaram a esse grupo de "Buscadores da Verdade", presupunham que em algum lugar ou lugares existiam respostas para suas perguntas, viajaram e arriscaram suas vidas nessa busca. Viajaram pelo Egito, Afeganistão, Hindu-kush, Irã, Iraque, parece que Tibet...Ás vezes se separavam a marcaram encontros em algum lugar depois de certo tempo, então compartiam seus achados. Gurdjieff e outros amigos encontraram um mapa antigo com um monge cristão de uma escola cujo símbolo era o eneagrama, fizeram uma cópia desse mapa e foram no seu rastro. Esteve com Sufis, Sábios, Cristãos, Yogues, Lamas...Até que Gurdjieff encontrou o que desejava numa escola, onde aprendeu acerca do eneagrama, as danças sagradas, escola chamada Sarmouni, no Hindu-Kushi, onde passou por por aprendizado psico-espiritual...
que trouxe ao ocidente, ensinamentos filósoficos e espirituais, todo um corpo de ensinamentos ponte entre oriente e ocidente. Aparece na Rússia em torno de 1915, onde forma um grupo de alunos, dentre eles Ouspenski, que já comentei antes.
Relata Ouspenski que deu a Gurdjieff, os 2 livros que já tinha escrito: Tertium Organum e Um Novo Modelo do Universo e passado certo tempo pergunta a Gurdjieff que achava de seus livros e Gurdjieff respondeu que eram bons, mas de que Ouspenski não compreendia o que ele mesmo tinha escrito.
A palavra COMPREENSÃO tinha sentido preciso nos ensainamentos de Gurdjieff: SABER+SER.
São 2 linhas em que se desenvolve o aprendizado.
Na época da revolução Russa, em torno de 1919, Gurdjieff viaja em condições adversas com vários de seus alunos, onde a viagem é parte fundamental do processo de aprendizagem. Em
Constantinopla, funda um núcleo de sua escola que se chama "Escola para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem", posteriormente se instala em Fontainebleu, nos arreadores de Paris,
onde vai desenvolver seu trabalho de 1921 a 1949, quando morre. Gurdjieff escreve peças musicais antigas no piano, que encontramos até os dias de hoje, ensaia uma peça de Teatro "A Luta dos Magos" que apresenta em diversos cidades: Moscou, Paris, Nova Yorque, Londres.
Faz apresentação com seus alunos das chamadas Danças Sagradas, que é um treinamento rigoroso de movimentos, desenvolver o "Centro Motor"
Escreveu uma trilogia: "Relatos de Belzebu a seu Neto", uma alegoria acerca da vida humana na terra, profundo observador da natureza humana, esteve presente em Guerras, onde foi ferido algumas vezes, revoluções, diversas culturas e paises. O segundo livro apresenta fragmentos auto-biográficos da sua juventude "Encontros com Homens Notáveis", se tornou conhecido através da filme de Peter Broks, maravilha esse filme. Seu último livro se chama "O Mundo Só É Real Quando Eu Sou", o título desse livro, um volume de pequenas páginas, me fez meditar por algum tempo, aí se resume o essencial do ensinamento de Gurdjieff, se cristalizar uma Presença.
Estilo truncado de Gurdjieff, tortuoso, cheio de neologismos, necessita uma certa qualidade de garimpagem para encontrar pepitas nos seus livros ou mesmo desenvolver músculos psíquicos
na leitura, principalmente Relatos de Belzebu a seu neto, ele não deixa as coisas fáceis ou barata, grandes esforços seriam necessários na sua metodologia de Trabalho. Re-escreveu esse livro por muitos anos, tornando ás coisas mais díficeis progressivamente.
Ouspenski escreveu "Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido", onde ele destila os ensinamentos de Gurdjieff, esse é o livro que tornou conhecido o Trabalho de Gurdjieff, é um
livro onde não podemos nos implicar quando lemos, é uma ferramenta de Trabalho, somos atuados por ele. Fui influenciado por esse livro como por uma escola de Trabalho. Estive com um aluno direto de Gurdjieff, Marcel, psiquiatra Frances que viveu no Brasil até sua morte e abriu
grupos em diversas cidades. Estive com um ex-aluno, um pintor da segunda geração do Trabalho
vivia em Paris em 1954, depois conheceu os irmãos Shah, Idries e Omar, que foram responsáveis
pela divulgação do Sufismo no Ocidente no ínicio dos anos 60. Omar Ali Shah, "Agha" esteve no Brasil várias vezes e deixou vários núcleos de Trabalho. Idries Shah, viveu em Paris até sua morte, divulgou o Sufismo átraves de diversos livros, dentre eles o famoso "Os Sufis", Claudio Naranjo diz ter sido aluno de Idries durante 7 anos. Estive com Manoel Aguiar num grupo Sufi em Montevideo, esse que tinha estado em grupos Gurdjieff. Depois fiz um treinamento especifico
das Danças Sagradas e do Eneagrama com Yogendra, ex-instrutor de grupos Aricans e ex-aluno do Trabalho Gurdjieff, quando o conheci era díscipulo de Osho, era coordenador do núcleo de Centramento da Mulversite de Osho, ensinava meditação Zen, isso é ZAZEN, e as Danças Sagradas de Gurdjieff, algumas dessas danças se chamam eneagramas, modos de compreender o eneagrama átraves do movimento, é o que se diz. O Trabalho Gurdjieff na multiversite de Osho, foi lapidado por ele, fiz um mês de treinamento das Danças, dias seguidos, experienciei um descondicionamento intenso do corpo e da mente, além de ver uma das macaquices que são parte integrantes da minha personalidade, Yogendra botou o dedo sem piedade nesse núcleo defensivo e me deixou de fraldas, cagando nas calças. Filho da Puta! haAAA...
Mas quero dizer que o livro de Ouspenski, entrou na carne e no espírito, mais fundo do que esses
encontros concretos. Depois teve Claudio Naranjo, muito marcado pelos ensinamentos de Gurdjieff. E Osho que dizia que Gurdjieff foi um dos grandes Mestres do nosso tempo, multidimensional, imprevísivel, desconcertante. Parece, segundo testemunho de vários de seus alunos, que em sua presença, nunca se sabia onde se estava pisando.
Tenho um livro onde diversos escritores, revela suas impressões de Gurdjieff, é curioso como cada um pinta um quadro diversificado, no fim ficamos diante de um personagem enigmático.
Esse é sem dúvidas um dos Homens Notáveis do sec. xx.
Profunda Gratidão.
Comentários