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Mostrando postagens de 2012

Livro - Naranjo: "27 personajes en busca del ser"

Claudio Naranjo, Ayahuasca: enredadera del rio celestial

Quando a prática dá frutos

[...] O desejo que exige ter satisfação é o problema. É como se nos sentíssemos constantemente com sede e, para extinguí-la, tentamos colocar uma mangueira em alguma torneira na parede da vida. Continuamos pensando que com essa ou aquela torneira, teremos a água que precisamos. Ao escutar meus alunos, todos parecem sedentos por algo. Podemos conseguir um pouco de água aqui e ali, mas isso apenas nos atormenta. Estar realmente sedento não é divertido. [...] Se estamos tentando por anos fixar nossa mangueira nessa ou naquela torneira, e cada vez descobrimos que não é suficiente, vai chegar um momento de profundo desencorajamento. Começamos a sentir que o problema não é falharmos em nos conectar com algo lá fora, mas que nada externo poderá jamais satisfazer a sede. É aqui que, bem provavelmente, começamos uma prática séria. Este pode ser um momento horrível — compreender que nada jamais irá satisfazer. Talvez tenhamos um bom emprego, um bom relacionamento ou família, e ainda ass

Passar por situações difíceis é uma parte essencial da jornada espiritual

Aprender a viver em um espaço de amizade e amor requer paciência e constância. Com muita frequência, caímos de volta nos padrões costumeiros de nos sentir perturbados, sentir irritação, raiva e inimizade. Mas esses estados também podem ser para nós como um sino de alerta para a consciência plena, nos lembrando de investigar em vez de se afogar nesses sentimentos. Thomas Merton sabia que passar por situações difíceis é uma parte essencial da jornada espiritual. Ele escreveu: “Oração e amor são aprendidos no momento em que orar se tornou impossível e o coração se transformou em pedra.” Joseph Goldstein

Vídeo - educação para o amor - Naranjo

O OBSERVADOR E O OBSERVADO!

A tradição filosófica ocidental, costuma falar de sujeito e objeto, de Descartes a Lacan, embora 'sujeito' faz remeter a uma certa permanência e substancialidade, caso Lacan é singular, desde que esse pendura o sujeito no significante, sujeito é um sempre um significante para outro significante, o que não nos livra desse significante despótico que se institue como identificação com o nome do pai, em nossa sociedade pós-moderna ou como se queira denominar, esse significante despótico se pluraliiza em "nomes-do-pai". Agonia do patriarcado-matriarcal, ainda "necessitamos" segurar num pau de pai, pelo menos um, para não desabar! Descartes é conhecida a saída inagural da subjetividade moderna "penso, logo existo!", assim emerge o "cogito"(sujeito do conhecimento) e a "res-extensa"(coisa extensa), objetos do mundo. Fenomenologia existencial, a consciência é sempre intencional, visa um objeto, consciência de "algo",

Zen e Zenão

Nagarjuna Se diz que Sidharta Gautama, que se tornou o Buda,"O desperto".  Antes de expirar seu último alento nessa Terra, fez a predição da vinda  daquele que viria expandir a compreensão do Dharma... Nagarjuna se manifestou no sec. II A.C., na India, o célebre sábio budista  desenvolveu o sistema madhimika (caminho do meio), meio habilodoso (upaya),  extremamente refinado, de passar sabonete nas argumentações lógicas da mente-intelecto-ego,  que escorrega com nariz no chão, nas suas pretensões de sair vencedor nas disputas intelectuais  e filosóficas, desse modo aprisionar a sabedoria(prajna) num conhecimento codificado. O madhyamika é a refutação sistemática de qualquer opinião filosófica classificável na lógica indiana: (a)É, (b)NÃO É, (c)É e NÃO É, (d)NEM É NEM NÃO É  ou (a)SER, (b)NÃO-SER, (d)SER e NÃO SER, (d)NEM SER NEM NÃO SER. Assim, por exemplo, (a) propõe SER e SUBSTÂNCIA como realidade definitiva,  ao modo Aristotélico e Santo Tomás de Aquino; (b) ao modo

Os problemas do mundo tem como base distorções cognitivas, não políticas

Cuando tenemos esta experiencia mística de ver la naturaleza amorosa del universo, vemos que lo que aportaría paz al mundo no es la política. Vemos que no hay modo de aportar auténtica armonía al mundo excepto viendo la armonía que ya hay en él. Vemos que la armonía externa debe ser una expresión de la armonía interna; si no es así, nunca se manifestará puesto que nuestra visión del mundo seguirá siendo una proyección de las ilusiones internas de separación y conflicto. Fundamentalmente, todo el mundo tiene esta proyección y se encuentra incómodo con ella, intentando cambiarla o mejorarla, luchando con ella dentro de su mente, haciendo pequeños cambios aquí y allá, pero básicamente sin resolverla. Si reconocemos realmente la naturaleza interior de la realidad -que es amorosa, que es gozosa, que es abundante- viviremos a partir de este reconocimiento y actuaremos de modo que podamos llevar a los demás a dicho reconocimiento. Esta es la causa de que los maestros espirituales no suel

Auto-conhecimento!

Quem sou eu? Donde vim? Para onde vou? Se você quer saber quem é você, e aí olha olha para dentro de Si, olha, olha, afina as orelhas, pega uma almofada e senta, esvazia a mente... Vai profundo...cada vez mais profundo...dias...mêses...anos...hummmmm... Sabe o que você encontra? -Nada! Simplesmente, Nada! Haaaaaaheeee... Não acredite em mim, sou um charlatão, vá fundo e busque seu tesouro no interior! Posso até te emprestar uma das minhas almofadas, a preta do Zen, a vermelha de uma linhagem Tibetana ou a azul, que ganhei de presente de um amigo, Trilha Sagrada do guerreiro...a que mais gosto, para meditar, não é uma almofada, é uma rêde cearense, onde o indio Ladino, refrescava sua cuca...e tomava água de coco! Bem, e daí? Tan Ta Ram...Tan Tara Ram...I 'm Sou Ra! O buscado pelo buscador não se encontra via concentração, num ponto, nem no umbigo narcísico, a não ser, NÃO-SER, NO-SENSE, que o umbigo, lugar de densificação do eu ou mesmo símbolo do eu, se difunda, se espreguice por t

AQUI ONDE ESTAMOS!

Aqui vai uma história, revitalizada pelo "mestre do bom nome", Baal Shem Tov, com comentário do filósofo existencialista-judaico, Martin Buber(1878-1965). Essa história é o miolo do livro "O alquimista", do charlatão Paulo Coelho. Sem pressa, paciência, sem interpretações apressadas, uma pausa no turbilhão da sua mente e dos seus afazeres, ela esta dedicada a você, querido amigo(a)... Aí vai, ela contém a singularidade do Hassidismo; "O Rabi Bunam costumava contar a história de Eisik, filho de Jekel, de Cracóvia, aos alunos que vinham vê-lo pela primeira vez. Depois de anos passando por muitas dificuldades, que não abalaram sua confiança em Deus, Eisik tinha recebido uma ordem num sonho: procurar por um tesouro debaixo da ponte que leva ao castelo real, em Praga. Mas a ponte era guardada o tempo todo por vigias, e ele não tinha coragem de cavar. Mesmo assim, ele ia até a ponte todos os dias pela manhã e ficava rodeando-a até a noite. Finalmente o c

Hassidismo

O Hassidismo é um movimento espiritual, rizoma da Tradição mística-judaica, uma tranformação da Cabala em ética. Seu fundador Baal Shem Tov(o mestre do bom nome), nascido na Polônia(1700-1760), Deus esta em tudo, aqui e agora, e a alegria é sua própia manifestação. O cântico e a dança dionisiacamente ofertados e geram a união dos corações. Mesmo quando um homem peca a divindade esta nêle"não há nenhum lugar no mundo que não seja ocupado pela sua Presença". Baal Shem Tov introduziu uma nova forma de servir a Deus, átraves da alegria. Diz Martin Buber, que assumiu o hassidismo"É preciso esquecer de si mesmo e ter o mundo a sua frente, afastando-se de todos os fingimentos e de toda auto-tortura". A celebração orgiástica, do entusiasmo dançado e cantado, do carisma do tzadik(homem santo), geraram uma religiosidade ébria de Deus. Israel Baal Shem Tov, ensinava átraves de contos, lendas, histórias; á sombra de uma árvore ao homem comum. não é necessário ler ou entender pa

Acorda cara, tu pensa o quê?

Tava mal muito mal muito mal-de-viver. Fui a um psicanalista bom de olho e de escuta viu fundo no raso da minha alma e disse: -É Manoel, tu vai ter que re-inventar a vida! De repente, num lampejo, acordo de um semi-sonho sinto sangue correndo nas veias quase fervendo... -A VIDA? -Sim, você vai ter que se re-inventar! Paulada Zen... Tou nesse ofício diário...

Morte e Vida Severina

O retirante explica ao leitor quem é e a que vai -O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; (...) Mais isso ainda diz pouco (...) Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: (...) morremos de morte igual, mesma morte severina: que é morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Mas, para que me conheçam melhor Vossas senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o severino que em vossa presença emigra. João Cabral de Melo Neto