Segundo Humberto Maturana somos seres determinados em nossa estrutura, embora abertos na troca de energia e matéria com o ambiente. Essa determinação na estrutura do sistema nervoso é fonte de liberdade, já que o que vem do mundo, alimento, pessoa, remédio, paisagem, palavras, acontecimentos, etc não diz o que acontece conosco, mas dispara, mobiliza em nós determinada experiência que se acopla á nossa estrutura, sempre em movimento, sempre em mudanças. Nós como sêres vivos vivemos em acoplamento estrural com o ambiente, nessa interação recursiva, seres vivos e meio ambiente estamos em continua mudança estrutural. O fechamento estrutural é o que conserva a identidade de um ser vivo e do meio, o que não significa de que não ocorra relação, mas diz algo do modo como acontece essa relação. Temos uma tendência, principalmente nos dias de hoje, de pensar em termos de mudanças, talvez teríamos de pensar naquilo que permanece, em torno do qual ocorre as mudanças. O que é que nos constitue como sêres humanos? Qual é nossa organização em torno da qual ocorre mudanças estruturais, que é parte de nossa história e desejo. Sem estrutura viramos uma sopa molecular em fusão com uma sopa cósmica. A nossa estrutura e organização faz com que o mundo, os objetos, os sêres vivos tenham forma, cheiro, côr, volume, superficie, profundidade, chão, ceú, estrelas, lua, sol, dimensões, etc.
Parece que o que desejamos, no contexto da linguagem de Maturana, uma abertura em nossa estrutura, é uma mudança no nosso modo de emocionar, onde o outro(o) toma outro lugar.
Parece que o que desejamos, no contexto da linguagem de Maturana, uma abertura em nossa estrutura, é uma mudança no nosso modo de emocionar, onde o outro(o) toma outro lugar.
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