Pular para o conteúdo principal

Gaiarsa...

17/10/2010 | 14h59min

Psiquiatra José Angelo Gaiarsa morre aos 90 anos

Irreverente, era um dos mais respeitados profissionais do país

Compartilhar


O psiquiatra José Angelo Gaiarsa, 90 anos, morreu neste sábado de causa desconhecida. Ele teria falecido enquanto dormia, por volta de 5h da manhã. Irreverente, era um dos mais respeitados profissionais do país. Em 54 anos de carreira, publicou mais de 30 livros, a maioria deles pela Editora Ágora.

Em 2006, quando completou 50 anos de atividade profissional, lançou a obra comemorativa Meio século de psicoterapia verbal e corporal. Gaiarsa estava concluindo a revisão do livro Respiração, angústia e renascimento, uma reedição da obra programada para novembro.

Paulista de Santo André, Gaiarsa nasceu no dia 19 de agosto de 1920. Vindo de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, em 1946, posição que manteve por toda a graduação.

Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento do casamento era controverso.

Sempre polêmico, Zeca, como era conhecido pelos amigos, condenou veementemente a estrutura familiar clássica e apoiou abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960. Ele também defendia o relacionamento aberto e questionava a ideia de a maternidade ser uma maravilha absoluta.

Palestrante de sucesso, durante dez anos, de 1983 a 1993, ele apresentou um quadro do programa Dia Dia, transmitido pela TV Bandeirantes, em que respondia, ao vivo, dúvidas dos telespectadores sobre temas como família, sexualidade e relacionamentos amorosos.

Em 2009, Gaiarsa recebeu o prêmio "Estatueta com Pedestal" pela publicação do livro Educação familiar e escolar para o terceiro milênio. Trata-se da mais alta homenagem da Academia Internacional para o Desenvolvimento do Cérebro Infantil, com sede na Filadélfia (EUA), oferecida a uma personalidade de destaque mundial. No livro, ele trata do desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.

DIÁRIO CATARINENSE
Em 54 anos de carreira, Gaiarsa publicou mais de 30 livros, a maioria deles pela Editora Ágora - Divulgação, Editora Summus

Em 54 anos de carreira, Gaiarsa publicou mais de 30 livros, a maioria deles pela Editora Ágora
Foto:Divulgação, Editora Summus


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Swami Deva Prashanto

Prashantinho, Prata da casa de Osho, hoje perto dos 80 anos, Costumava dizer que tinha mesma idade do seu Mestre! Nunca lhe vi vacilar como díscipulo Desde que Rajneesh no final dos anos 70 botou seu dedo na sua testa Levanta o dedo E conta: "Porra, a mente Parou!" Aron Abend, Judeu carioca, tornou-se Sw.Deva Prashanto, até os dias de hoje. É um dos mais fiéis díscipulos de Osho que já vi! Em 81, fiz meu primeiro Workshop, com a turma do Rajneesh, "Retornando á Fonte"! Diz ele que pirei no grupo: Aqueles abraços, olho no olho, medições dinâmica, Kundalini, Giberish, bioenergética, Rebirth, as mulheres me tocando em todo corpo, gritava, pulava, chorava de Alegria e ele não sabia que fazer com esse novo maluco-beleza, me botou, no meio do grupo diante de uma foto de Rajneesh! Retornei á Fonte! Lágrimas nos olhos, agora, que estou lembrando disso... Profunda Gratidão, Prashantinho, você foi a porta do Mestre!

O mito do cuidado (Fábula de Higino)

"Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter. Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado. Quando, porém Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome. Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da terra. Originou-se então uma discussão generalizada. De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa: "Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura. Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer. Mas como você, Cuidado, foi quem

Merleau Ponty, Paul Klee e Cézanne

Obra de Paul Cézanne Merleau-Ponty Klee Red Balloon (Klee) “A Arte não reproduz o visível, ela faz visível” (Paul Klee) “Só se vê aquilo que se olha”. Tudo o que se vê por princípio está ao alcance do olhar. O mundo visível e o mundo dos projetos motores são partes totais do mesmo ser; e é essa concepção que nos impede conceber que a visão é como uma operação do pensamento, levantada diante do espírito, formando um quadro ou uma representação do mundo. “O corpo é ao mesmo tempo vidente e visível”, tem uma face e um dorso, um passado e um futuro, entre outras coisas. Para Merleau Ponty o espírito sai pelos olhos para ir passear pelas coisas, e como diz Max Ernest: “assim como o papel do poeta, desde a célebre carta do vidente, consiste em escrever sob a inspiração do que se pensa, do que se articula nele, o papel do pintor é cercar e projetar o que nele se vê”. Como, por exemplo, o espelho, que surgiu no circuito aberto do corpo vidente - visível. O espelho aparece porque há uma reflexi