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Difícil prática real

[...] Os primeiros anos são mais difíceis que os posteriores. O mais difícil é o primeiro retiro, os meses mais difíceis para sentar estão no primeiro ano, o segundo é mais fácil, e assim vai.
Mais tarde, pode surgir outra crise, talvez após cinco ou dez anos meditando, quando começamos a entender que não vamos obter nada com isso — absolutamente nada. O sonho acabou — o sonho da glória pessoal que achamos que iremos obter com a prática. O ego está se apagando; este pode ser um período duro e difícil.
Ao ensinar, vejo as agendas pessoais das pessoas se quebrando. Isso acontece na primeira parte da jornada. É realmente maravilhoso, embora seja a parte difícil. A prática se torna não-romântica: não soa como aquilo que lemos nos livros.
Então a prática real começa: momento a momento, apenas encarando o momento. Nossas mentes não mais ficam esperneando tanto; ela não nos domina mais. Começa a renúncia genuína de nossas agendas pessoais, embora mesmo assim possa ser interrompida por todo tipo de episódios difíceis. O caminho nunca é direto e suave. Na verdade, quanto mais pedras, melhor. O ego precisa de pedras para desafiá-lo.

Charlotte Joko Beck (EUA, 1917 ~ 2011): “Nothing Special”, loc. 1363

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