A proposito do post da Matilde, vejo outra forma, complementar, da apresentada por ela, que aliás, é muito adequada e interessante. Eu tenho a intuiçao de que em especial o ocidente valorizou muito o conheça-te e pouco o cuida-te. O conhecer é basicamente teórico, mental, o penso logo exi(s)to. O cuidar é prático e exige um amor que é reconhecer em si e no outro alguém que merece viver plenamente (Maturana), sem fazer distinçoes típicas do conhecer que discrimina e diz o que é bom e o que é mal. Há um divórcio fundamental entre teoria e prática e qualquer prática nesse contexto cria hierarquias e se transforma em dominaçao, nunca emancipaçao. Por isso, somos muito perspicazes no domínio do outro e da natureza através do conhecer. O cuidar está fora do dicionário dos cientistas e políticos. Estaria no dos poetas, certamente.
conversações liberadoras